"E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe."
Mateus 18:3-5
Um dia peguei um carrinho de
brinquedo do meu irmão e comecei à apreciá-lo. Nesse mesmo dia eu estivera em
uma apresentação com o ministério de louvor e na volta, comecei a pensar sobre
a vida adulta. Quando crescemos, não deixamos de nos divertir, não deixamos de
passar muitos momentos agradáveis e até descontraídos, mas uma coisa se
diferencia da criança: nos distraímos por pouco tempo. Quando não interrompemos
a distração lembrando de algum problema ou dívida, logo que a distração acaba,
lançamos nossos pensamentos aos problemas.
Ao analisar o carrinho do meu
irmão, comentei com minha mãe que quando se é criança, uma simples distração
dessa dura muito tempo... ter um brinquedo traz uma felicidade... ali a criança
se envolve e não tem nenhuma preocupação. Minha mãe comentou: claro, eles tem
casa, comida e roupa...
Foi então que me caiu a ficha de
algo que eu havia lido no livro Mente, Caráter e Personalidade (página 62) alguns dias atrás: "Muito poucos reconhecem os benefícios do cuidado, da responsabilidade e experiência que as crianças trazem à família. ... Uma casa sem crianças é lugar desolado. O coração dos habitantes está em perigo de tornar-se egoísta, de cultivar um amor pela sua própria situação, e consultar seus próprios desejos e conveniências. Acumulam compaixão para si mesmos, mas pouco têm para conceder a outros. O cuidado e a afeição para com crianças dependentes, remove a rusticidade de nossa natureza, faz-nos temos e compassivos, e influi no desenvolvimento dos elementos nobres de nosso caráter." Testimonies, vol. 2, pág. 647. Então entendi um pouco mais as
palavras de Jesus quando Ele nos incita a sermos como crianças. Eu não preciso ficar
estudando uma criança para saber como é ser criança, eu sei o que é ser
criança, porque já fui uma. Só não sou se não quiser.
Entendi que quando Jesus me pede
para ser como uma criança Ele não está pedindo nada mais nada menos que para eu
ser como eu era antes.
Preste bem atenção: é impossível
você viver como uma criança tendo que pagar seus cartões de crédito, tendo que
sustentar sua família, tendo que conquistar seus sonhos (que muitas vezes
exigem um bom preço), porque uma criança não precisa trabalhar para ter as
coisas, os adultos trabalham por elas, então, elas só tem que brincar mesmo.
Mas nós que somos adultos, precisamos trabalhar. É até meio difícil entender
que não é o nosso trabalho ou o nosso esforço que nos permite ter as coisas,
mas sim, Deus. Sobre este assunto eu já falei no Blog e ainda vou falar mais em
outras oportunidades, mas este não é meu foco nesta postagem.
Se as crianças não precisam
trabalhar para ter as coisas e os adultos precisam trabalhar para ter as
coisas, então só uma coisa pode explicar isso: nossa vida é feita de fases. Na
primeira fase eu tenho as coisas sem precisar trabalhar e na segunda fase eu
tenho as coisas tendo que trabalhar, até aqui nenhuma novidade. Então entendi
as palavras de Jesus, que queria dizer o seguinte: eu quero que na segunda
fase, vocês tenham a confiança que tinham na primeira. Olhe que coisa incrível!
É por isso que quando nascemos, primeiro nós somos crianças, para aprender a
sermos adultos confiantes em Deus. Quero acrescentar à essas informações duas
observações: veja a importância de aprendermos com as crianças e a importância
que temos ao influenciarmos uma criança.
Primeiramente, um simples
brinquedo do meu irmão me fez viajar no tempo, lembrar de quando eu era
criança, senti o que eu sentia quando ganhava um brinquedo assim, como se não
me faltasse mais nada, estava completo, e quanto mais eu ganhava, mais
realizado eu ficava. Em segundo lugar, veja quantas influências devemos ter na
vida de uma criança... será que a influenciaremos à ser um adulto confiante em
Deus? Hoje em dia, muitas pessoas irresponsavelmente tem trazido crianças ao mundo,
pessoas que muitas vezes não tem domínio de si mesmas, dessa forma, ensinam as
crianças à serem inteperantes e então fazem com que estas crianças nunca
estejam satisfeitas. Que imagem estas crianças terão de Deus ao crescerem e
descobrirem que não podemos ter tudo o que queremos na vida? Dizem um ditado
por aí: “...não tem onde cair morto”, mas como alguém disse: “pior que não ter
onde cair morto, é não ter onde ficar em pé vivo”. São justamente boa parte
destas pessoas que também trazem crianças ao mundo, e em boa parte dos casos,
muitas crianças. Que imagem essas crianças terão de Deus quando crescerem se em
sua infância não puderam nem mesmo aprender o que é a segurança de ter o que
precisam?
Quero concluir te fazendo lembrar
que não é tão difícil fazer o que Jesus disse sobre sermos crianças, já que Ele
mesmo te fez ser uma criança para saber como é, agora é necessário exercitar
aquela confiança que você tinha em seus pais (pessoas que eram cheias de lutas
e dificuldades e você nem sabia) e aplicar à Deus (que é onipotente e para Ele
não há nada difícil). E também procurar lembrar da sua responsabilidade para
com as crianças que você for influenciar seja ela filha, prima, sobrinha, irmã,
aluna... o que você a ensinar poderá facilitar ou dificultar a confiança que
esta terá em Deus quando ela crescer.
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