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25 de julho de 2020

OBEDIÊNCIA E REJEIÇÃO

"...Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros". I Samuel 15:22

Muitas pessoas, ao lerem algumas histórias na Bíblia, em especial no Antigo Testamento, são levadas a ver a Deus de uma forma equivocada. Dentre estes textos, está o de I Samuel 15, em que Deus manda que Saul mate os amalequitas, exterminando mulheres, crianças e animais. De fato, a ordem é drástica. Mas não podemos nos esquecer que é uma medida drástica para uma situação drástica.

Os amalequitas eram um povo cruel e inimigo do povo de Israel. Em um ataque contra Israel (Deuteronômio 25:17-19) os amalequitas atacaram por trás, matando os mais fracos, covardemente. Êxodo 17:8-13 relata um outro ataque amalequita contra Israel, e nesta batalha, embora o povo de Israel tenha vencido, Deus jurou que apagaria a memória de Amaleque. Portanto, primeiramente, antes de acharmos que Deus é cruel pedindo o que pediu, devemos nos lembrar da crueldade e covardia dos amalequitas, e que embora  os pudesse ter exterminado ali, Deus lhes deu ainda anos de misericórdia para que se arrependessem.

Mas o foco do texto de hoje não são os amalequitas em si, esta foi apenas uma contextualização. O personagem principal do texto de hoje é Saul, que recebeu uma ordem de Deus: vá e execute a ordem. Saul, porém, iniciado o ataque contra quem (ou o que) Deus queria destruir, passou a ver coisas belas. E eis aqui o problema: ele não teve misericórdia, ele apenas distinguiu o que era belo do que era desprezível, segundo os seus olhos (I Samuel 15:9). De tantas vidas que podia poupar, decidiu poupar apenas a vida do rei dos amalequitas. Esta atitude, diante de uma ordem explícita de Deus, o fez ser rejeitado por Deus. Questionado mais tarde sobre sua atitude, Saul disse que aquelas coisas "belas" eram para ser sacrificadas ao Senhor.

Essa história é realmente cheia de detalhes intrigantes, mas o verso 22 explica tudo e mais um pouco... Deus nunca pediu que alguém ou algum animal fosse morto porquê tem prazer em ver a morte, o sofrimento... Para Deus, essa morte que presenciamos aqui nada mais é do que uma dura consequência de algo terrível: o pecado! Sem pecado, não haveria necessidade de morte (Romanos 6:23). A ordem de Deus de exterminar os amalequitas, não era por prazer, era para o bem, de futuras gerações e nações, pois a maldade desse povo contaminaria o mundo!

O mais triste desta história é que Deus acabou rejeitando Saul da mesma forma como rejeitou os amalequitas. Que paradoxo, Saul foi executar uma sentença da qual ele mesmo era culpado: desobedecer a Deus. Suas palavras até parecem revelar boa intenção, mas como diz Mateus 15:8; "este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim". Saul via beleza em algumas coisas dos amalequitas assim como vemos beleza, ou quem sabe "mal algum" em coisas que Deus detesta e não quer em nossas vidas. Tal como fez Caim, ele pensou em oferecer a Deus o que ele achou que deveria ser oferecido, não o que Deus pediu. E você, o que tem oferecido a Deus? Com esta atitude, Deus irá te aceitar ou te rejeitar? "Obedecer é melhor do que o sacrificar"!

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6 de julho de 2020

EM QUEM CONFIAR?

"Pois se levantarão falsos cristos e falsos profetas e apresentarão grandes milagres e prodígios para, se possível, iludir até mesmo os eleitos". Mateus 24:24

Em muitos filmes, existem cenas onde o personagem principal se vê em uma situação onde não sabe em quem confiar, em alguns deles, nós já sabemos quem é certo e quem não está, mas em alguns deles, nós acabamos ficando angustiados sem saber também em quem acreditar. Em vários momentos, a Bíblia fala que o fim dos tempos, ou os últimos dias, seriam dias (ou tempos) difíceis, e em cada um destes textos, podemos ver características similares ou diferentes deste tempo que seria muito complexo, porque se trata de um tempo tão hostil, onde nem mesmo os escolhidos por Deus, ou os que têm acesso à vontade de Deus saberiam distinguir entre o bem e o mal.

A Bíblia é muito mais do que um livro de auto ajuda, onde encontramos palavras de conforto quando nos sentimos aflitos, embora tenha muitos textos que nos confortem o coração e nos garanta o cuidado de Deus, ela também é um livro que apresenta diversas reprovações da parte de Deus para nossa vida. O maior desafio de se estudar a Bíblia, talvez seja aprender a ver o Deus ali descrito como alguém que equilibra o amor, a misericórdia e a justiça, porque nós sabemos que exercer essas três coisas é muito difícil, e erramos se tentarmos comparar Ele a nós mesmos.

Em meio a tantas dúvidas e incertezas, uma pergunta pode nos guiar neste caminho, e esta questão, talvez seja a mais importante de todas em nossa vida: "qual é a vontade do Senhor?" (Efésios 5:17). Se ao lermos a Bíblia, formos em busca desta resposta, talvez nossa compreensão possa ser facilitada, muito embora possa dificultar muita coisa em nossa vida a depender da família, da sociedade e da época em que decidimos seguir aquilo que aprendermos ser a vontade de Deus.

A Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, não se trata de uma narrativa linear, e muito menos uma narrativa escrita aos moldes do que é a nossa gramática atual. Você pode montar uma narrativa linear, se juntar o quebra-cabeças que tem ali naquelas páginas. Porém, alguns conceitos são recorrentes, como o de que existem apenas dois caminhos, dois lados e ao final, só há dois destinos: o destino da felicidade ou o destino da morte, dor e sofrimento. As tantas parábolas, povos, e personagens ali descritos representam sempre dois grupos: o grupo dos obedientes (e portanto felizes) e o grupo dos desobedientes (e portanto, condenados a um futuro obscuro).

A narrativa trata na verdade de um mundo paralelo, e os acontecimentos do presente não necessariamente são resultados ou confirmação do que se segue no futuro. Por exemplo, há muitos injustos que parecem viver muito bem aqui enquanto muitos justos parecem viver uma vida de dor e sofrimento, esta era uma indignação recorrente nos Salmos de Asafe. Portanto, prosperidade não é medida da justiça de alguém. Deus até promete prosperidade em situações específicas, mas se alguém é próspero, não significa que é porque seja justo aos olhos de Deus. Mas contradizendo os escritos sagrados, muitos afirmam ser a prosperidade um sinal de ser bom aos olhos de Deus. Continuaremos a falar neste assunto no próximo post.

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