Alguns meses depois, minha orientadora do TCC apareceu com questionamentos semelhantes aos que eu vinha me fazendo, e pela primeira vez na vida, entendi melhor a dor de alguém com relação à perda de um ente querido, pois até ali, nenhuma pessoa muito próxima à mim havia falecido. E pela primeira vez disse palavras de incentivo à quem perdeu alguém querido, mas dessa vez eu tinha consciência do que significavam aquelas palavras de conforto, que até então para mim eram apenas clichês, pela ignorância de nunca haver passado por fato semelhante.
Pela primeira vez também, tenho uma consciência mais clara ao falar sobre a morte, que mesmo para quem já passou por experiências próximas deste assunto tão indesejado, nunca traz uma compreensão clara a respeito dos motivos. E assim, ficamos buscando entender como a morte é tão presente e natural neste mundo, mas não há quem, em sã consciência, fique tranquilo e aceite a morte de modo natural, em especial quando se tratam de pessoa queridas.
Segundo a Bíblia, a morte só passou a existir na prática após a queda do ser humano, que antes disso, era perfeito e não tinha pecados. Mas na teoria, a morte já era um conceito abstrato, pois todas as criaturas conscientes que Deus já havia criado sabiam que a morte era consequência natural do pecado (Gn 2:17; Rm 6:23). Antes de Adão e Eva pecarem, Lúcifer, um lindo anjo de luz havia pecado, e pelo que a Bíblia mostra, ele não morreu imediatamente ao pecar, e quis convencer Eva de que este conceito estava errado (Gn 3:4).
Por isso, a doutrina espírita é contraditória a doutrina bíblica, porque a Bíblia reforça que a morte é consequência do pecado e que é uma intervenção real (Ec 9:5-6; Ez 18:4), mas desde o Édem, o inimigo de Deus reforça que isso é mentira e cria uma série de teorias para afirmar e reforçar a ideia de que a alma fica vagando de um lugar para outro e de um estágio para outro, quando Deus nos pede para nos responsabilizarmos por esta vida, pois é nossa única chance de salvação.
Ao entendermos o que a Bíblia nos ensina sobre a morte, podemos notar que a Bíblia sempre dá uma atenção especial para a morte ou as ameaças de morte as apresentando como uma intervenção, para o bem, seja exterminando as vidas de quem extrapolou os limites da paciência de Deus (pessoas que se tornaram demasiadamente más a ponto de se acharem autorizadas a interferir negativamente na vida de outras), seja para pôr fim a um sofrimento ou iniciar um movimento de reforma no pensamento de quem ficou, individual e/ou coletivamente, de todo modo, basta observar para perceber que a intervenção divina foi na hora certa, e por mais que teimemos, as ressurreições irão pôr fim a todas as nossas dúvidas sobre a morte e seus porquês (
Osmar Martins e Ary Coelho in memorian.
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