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Aqui você irá encontrar pensamentos meus acerca da Bíblia, livro que amo e reconheço como divinamente inspirado.
São inspirações para sermões, conselhos, mensagens, respostas para dúvidas e por aí vai... Divirta-se. "Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê." - Monteiro Lobato.
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30 de janeiro de 2014

PARA QUÊ RECLAMAR?

"E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto". Números 14:33

         Minha infância, adolescência e início da juventude foram vividos em um lugar bem simples chamado Jardim Planalto, na cidade de Luziânia-GO. Através de uma brincadeira que ouvi quando ainda criança, criei a minha própria e digo que lá por aquela região há muitos “jardins” (muitos bairros tem a palavra jardim no nome), porém, em lugar de se ver flores, é possível ver muito mato e poeira. Mesmo com todos os seus problemas, eu gostava muito daquele lugar e até sonhava em continuar toda a minha vida por lá mesmo. Apesar de nunca ter sido assaltado por lá, por várias vezes ladrões entraram em minha casa e roubaram coisas que minha mãe adquiria com labor. E em um lugar como naquela cidade, pouco se pode usufruir dos bens que se conquista com trabalho, porque os ladrões logo as roubam, ou a simples ameaça da insegurança já provoca o desconforto. Chegamos a ter nossa casa roubada por quatro anos consecutivos, depois de uma trégua, os ladrões voltaram a atacar e em quinze dias entraram em nossa residência. Da última vez, estávamos dormindo quando tentaram entrar em casa, mas graças a Deus não conseguiram e então decidimos sair dali, já tornara-se insuportável conviver naquela situação. Daquele dia para frente, enfrentaríamos (minha família e eu) uma longa caminhada pelo deserto em busca de um lugar para morar, fomos para casas de parentes e não perdemos a esperança de que iríamos conseguir nos equilibrar um dia.
         Acho que todos que leem as histórias da peregrinação dos israelitas no deserto ficam pensando como aquele povo podia ser tão mal agradecido. Mas pare para pensar um pouco se você estivesse no lugar deles, de que forma você agiria? Todos do povo tinham sangue hebreu, porém eram egípcios de nascença, pois haviam nascido na terra do Egito. Nasceram, foram criados, cresceram e tudo que puderam conquistar, eles conquistaram no Egito. Trabalho, escola, família, até a religião já estava egipcializada, se é que posso dizer isso. Toda a vida da maioria ali foi passada no Egito. Só tinha um detalhe: eles eram escravos. Mas haviam nascido escravos e embora sonhassem em um dia não mais serem escravos, muito provavelmente faziam seus planos pensando que morreriam escravos.
De repente, surge um homem de oitenta anos de idade (Êxodo 7:7) dizendo que vai libertar a galera da escravidão. Ali surgiu um raio de esperança. Finalmente o povo hebreu teria uma identidade! Imagine-se lá. Você é escrav@, e aparece essa pessoa dizendo que veio da parte de Deus, etc. e tal e que veio para libertar você e sua família da escravidão. A sensação que você sentiria lá seria provavelmente a mesma sensação de uma pessoa idosa bater na porta da sua casa e dizer para sua família que Deus a mandou ali para livrar você e sua família das garras do governo. O Governo Federal não vai mais cobrar impostos seus, é uma ideia anarquista, mas Moisés ali para o povo estava sendo como um líder anarquista. Como você se sentiria nessa situação? Bem, uma mistura de felicidade e dúvida ao mesmo tempo, será que é uma boa ideia confiar nesta pessoa?
Aí ele diz que vai falar com o Faraó. Na primeira conversa o Faraó já se irrita e manda o trabalho ficar mais pesado e requer a mesma produção do povo, para ele, se o povo está com essas ideias, é porque são vagabundos (Êxodo 5:17). É como se aquele cara que falou com vocês fosse na Presidente Dilma e falasse para liberar vocês dos impostos e ela com raiva da ideia mandasse dobrar os impostos para vocês e com o salário sendo o mesmo, como você se sentiria? Depois de um banho de água fria desse, já era de se esperar que o pessoal ficasse com raiva de Moisés.
Mas ele falou com o povo, pediu mais um tempo e voltou a conversar com o Faraó. Daí em diante começa uma sucessão de acontecimentos assombrosos... o velhinho faz seu cajado se transformar em uma serpente, depois faz com que as águas do rio Nilo se transformem em sangue, depois faz uma peste de rãs invadirem a cidade, depois é piolho atacando a galera, depois o país fica infestado de moscas, depois os animais morrem, depois o povo e os animais são atacado por úlceras, depois chove pedra, depois são atacados por gafanhotos, depois uma escuridão atinge o Egito e por fim os primogênitos morrem, mas em nenhuma dessas pragas algum hebreu é atingido. Imagine se aquele velhinho que apareceu na sua casa prometendo aquelas coisas fizesse isso no Brasil, em qual dessas pragas você teria a certeza de que ele era um homem de Deus?

9 de janeiro de 2014

VOCÊ JÁ VIU?

"E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorou." João 2:15-17

         Imagine-se em uma vida perfeita, antes de continuar lendo, pense. O que você teria nesta vida perfeita? E o que você não teria? Deixe-me te ajudar a imaginar uma vida perfeita... Você teria liberdade, o que é ser livre para você? Você pensou só em você ou em mais pessoas, porque uma vida perfeita não é perfeita sem outras pessoas, então imagino que você pensou em outras pessoas, e como em uma vida perfeita não há egoísmo, você deve ter pensado em você, nas pessoas que você gosta e em pessoas que você nem sabe quem são, você pensaria em uma sociedade, perfeita, com amor, respeito, todos em favor do bem comum (o mesmo bem como pensamento, compartilhado por todos)... Está ficando complicado? Então vamos pensar no que não ter nessa vida perfeita: celulares, computadores, televisões, automóveis... não é mesmo? Imagine-se em uma vida que você não tem nada disso, que maravilha! Liberdade! Pois é, isso é o céu. Agora vem a pergunta: com tudo isso, o céu te parece ainda um ambiente agradável ou não?
         Gerações são marcadas por acontecimentos que direta ou indiretamente, afetam a fase de desenvolvimento dessas pessoas nascidas naquele determinado tempo. Em média, a cada cinco anos, temos uma geração, não segundo a Bíblia, mas segundo nossa sociedade. Isso nunca foi assim antes, na verdade, nas últimas décadas entramos na era da informática, a era digital. Eu sou da geração que viu o celular ainda quando criança, meus primos viram já na adolescência, nossos pais vieram ter acesso à essa tecnologia já na casa dos trinta para quarenta anos, isso muda completamente a adolescência deles para a minha e dos da minha época. Qual a diferença dessas três gerações enquanto seres humanos? Nenhuma, nenhum de nós deixou de ser menos ser humano por causa dessas diferenças, e ninguém torna-se melhor do que o outro. Mas temos a tendência, muitas vezes de achar que sabemos mais que as gerações mais antigas, porque temos mais conhecimento. Sim, de fato, temos muito mais conhecimento que as gerações mais antigas, porque temos muito mais acesso à informação do que eles tiveram em nossa idade, hoje, podemos saber o que quisermos sobre o outro lado do mundo em tempo real. Mas o que adianta ter todo esse conhecimento se não tivermos sabedoria? Agora, em questão de sabedoria, as gerações mais antigas sempre estiveram à frente... por quê? Porque a sabedoria vem pelo refletir, pensar e meditar no que se passa, a fim de tomar novos rumos, se preciso, ou continuar no que é certo.
         Hoje temos muita informação, mas pouco conhecimento, temos tanta informação que não temos tempo de parar para pensar sobre ela, porque uma vez que colocamos uma informação na cabeça, logo queremos outra e assim sucessivamente. Outro dia ouvi uma conversa entre colegas, fiquei com tanta vontade de me intrometer. A conversa era uma bagunça, se os de mais idade ouvissem ficariam de cabelo em pé. Uma menina e dois meninos, na faculdade, conversavam sobre filhos, opção sexual, casamento, etc. A menina dizia que queria ter um filho por inseminação artificial de me parece que um primo ou amigo dela. Falavam sobre a liberdade sexual uma ideologia tremenda. Mas o cume, foi quando ela disse o nome que daria à seu filho, não falarei para preservar a identidade dessas pessoas, mas os amigos começaram a criticar este nome por ser um alvo fácil para bullyng. Ela ficou séria e disse algo muito profundo: “daqui a vinte anos não haverá mais isso”! Ela tentou argumentar dizendo que daqui a vinte anos, todas essas diferenças sobre as quais hoje se luta, não haverão mais... Eu fiquei com tanta vontade de entrar na conversa nessa hora que você não faz ideia, queria só dizer: “justamente, assim como depois da primeira guerra mundial, o mundo percebeu que não era uma coisa boa guerrear, né?!” Universitários, cheios de conhecimento, mas sem sabedoria...
         Você já deve ter ouvido a frase: “você já viu”? É uma frase simples, mas geralmente é utilizada para coisas que não tem nenhuma utilidade. Mas vivemos em um mundo com tanta coisa que parece que tudo é importante, um vídeo na internet, uma música, um programa de televisão, um aplicativo, um site, uma rede social, um e-mail... você sabia que muita gente morreu sem precisar disso? Não serei tão ignorante a ponto de dizer que você não precisa de muitas dessas coisas que mencionei, mas garanto que mais da metade do que você já fez, viu, ouviu e sentiu dessas coisas é desnecessária? Viveríamos muito bem (para não dizer “melhor”) sem isso, mas insistimos em pensar que além de vermos várias vezes, os outros têm que ver também... é a soberba da vida nos seduzindo... nos fazendo amá-la. Temos a mesma vontade de falar do amor de Deus aos nossos amigos que a vontade que temos de mostrar uma piada, um vídeo, uma música, uma foto, etc, para eles? O que tem ocupado o nosso coração? Perdemos horas em frente ao Facebook, mas não conseguimos perder essas mesmas horas lendo a Bíblia, orando e meditando em Jesus, em Sua lei, em Sua vida, assim como o salmista dizia. Sabe porque chamamos os que viveram no passado de heróis? Porque eles meditavam, não perdiam o tempo que nós perdemos com coisas fúteis.
Conclusão

         É claro que eles podiam sim, perder muitas tempo, mas como nós, impossível, nós perdemos semanas! Calcule a média de tempo que você gasta por dia perdendo tempo, multiplique pelos números de dias, de semanas, de meses, anos... e veja em cada um desses quanto tempo desperdiçado... o tempo é um dos talentos que Deus nos confiou, como prestaremos conta no dia final? Satanás encontrou um meio de nos deixar distraídos enquanto ele trabalha, por isso, o evangelho de satanás ganha vantagem frente ao evangelho de Deus, evangelho este que nós deveríamos estar pregando, mas estamos ocupados demais perdendo tempo, não é mesmo? E ainda achamos que estamos avançando, progredindo. Deus tenha misericórdia de nós e nos desperte!

2 de janeiro de 2014

BUSQUEMOS O AMOR

"[o amor] não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade."
1 Coríntios 13:6

          Um dia ouvi uma história que me impressionou bastante. Um grande artista certa vez foi convidado para ir ver umas obras de algumas pessoas menos cuidadosas com a arte. Ele se recusou a ir, pois não queria rebaixar o seu olhar para tais imagens. Tive uma professora que também gostava das imagens e esculturas muito bem feitas e se havia uma imagem mal feita, ela inclusive se recusava a olhar por muito tempo, pedia para tirar da sua frente. Atitudes que parecem ser esnobes, mas na verdade, essas pessoas não queriam perder seu tempo com coisas feias. O que procurar ali? Algo bom? Ok, há muitas coisas boas em imagens mais belas, para quê procurar o que é belo no feio? E feio aqui se refere à algo mal feito.
          Hoje cedo eu assisti a um vídeo do Cid Moreira no programa Altas Horas. Fiquei impressionado com o que ouvi, porque geralmente, na televisão, nós só vemos besteira, até se você assiste jornal, pode notar que o que é importante mesmo para o nosso desenvolvimento, como pessoas, cidadãos e nação, não é tratado com a devida importância, que seria política, educação, cultura, economia... Isso é pouco explorado, quem é que sabe algo relevante sobre isso? A televisão explora muito o horror, a violência, a falta de respeito, e pra quê? Ela traz a desculpa de que é para vermos e querermos uma sociedade melhor, que é para vermos e reprovarmos certas atitudes, mas apesar de até criar sentimento de revolta em algumas pessoas, para que serve além disso? Sentimentos sem atitude não valem de nada.
          Mas o que o Cid Moreira falou me fez pensar bastante em como nossa vida precisa mais daquilo. Na televisão há muita vezes, discursos, debates, tudo recheado de filosofia, todos tentando achar algo novo para falar, fazer as pessoas pensarem mais, mas pra quê? Tudo o que nós precisamos já foi pensado, nós estamos precisando mesmo é começar a por em prática o que conhecemos. Ele recitou 1 Coríntios 13, que talvez você até já saiba que é o capítulo sobre o amor.
        Quantas qualidades ali?! Eu assistia o vídeo e observava as pessoas que ali o escutavam e pensava: quantas dessas pessoas, talvez, nunca ouviram ou pararam para pensar nessas palavras. Haviam cantores ali, que certamente em suas músicas já exploraram bastante o amor em suas letras, mas em que isso auxiliou pessoas que precisaram de amor um dia? Muitas letras pregam o amor como sendo algo passageiro, eterno (enquanto dure), selecionado (eu escolho quem, quando e onde amar). Mas é um "amor" egoísta, que eu decido amar o que ou quem me der o que eu desejo, se não, eu não amo. Justamente em contradição com o texto bíblico que diz que o amor não é egoísta.
          Mas o que mais me chamou a atenção foi quando ele disse que o amor não se alegra quando vê algo errado, mas se alegra quando vê algo certo. Pensei na sociedade, pensei em várias pessoas, pensei em mim. Quantas vezes não caímos em gargalhadas ao ver o que é errado? Violência, falta de respeito, egoísmo, tudo isso é o recheio e a cobertura do que gostamos de ver na televisão, de ouvir nas músicas, de ver nos vídeos do YouTube ou mesmo nas postagens do Facebook. Estamos nos distanciando do amor, cada vez mais e a Bíblia diz que aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (1 João 4:8). Que nesse novo ano, antes de buscarmos nos alegrar com o erro, buscarmos nossos desejos egoístas, e tudo mais que é totalmente contrário ao amor, que busquemos amar incondicionalmente (como Cristo nos amou), que busquemos ser amáveis. Acho que assim, teremos um mundo melhor, seremos pessoas melhores. Feliz ano novo.