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Aqui você irá encontrar pensamentos meus acerca da Bíblia, livro que amo e reconheço como divinamente inspirado.
São inspirações para sermões, conselhos, mensagens, respostas para dúvidas e por aí vai... Divirta-se. "Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê." - Monteiro Lobato.
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27 de fevereiro de 2014

DEUS É MEU PSICÓLOGO 2

"E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." João 8:11

Quem seria a pessoa? Pensaram... uma mulher, claro. Um homem pode arrumar uma forma de se defender, até porque a lei está a seu favor... então é melhor pegar uma pessoa que não pode se defender para ser morta. Eles planejaram tudo, provavelmente contrataram um homem para ir até a mulher e depois os líderes fazerem o flagrante, até porque a mulher que estava cometendo adultério apareceu, mas ninguém comete adultério em flagrante sozinho, onde estava o homem que estava com ela? Afinal, o homem, segundo a lei de Moisés, também deveria morrer...

Mas depois da bagunça toda, levaram a mulher até Jesus. Jesus não era ignorante das coisas que aconteciam. Quando os líderes apareceram ali, surgiram com argumentos que pareciam que estavam querendo defender a lei de Moisés, mas Jesus sabia que eles estavam querendo acusa-Lo, afinal, onde estava o homem que estava cometendo adultério com a mulher? Era óbvio que ela era vítima de uma cilada e que estavam querendo pegar Jesus também. A mulher estava cometendo adultério, mas antes dela cometer adultério, os líderes já haviam planejado um assassinato, e segundo a lei de Moisés, a pessoa que matar outra com intuito, o chamado homicídio doloso, também deveria morrer.


  Jesus ficou calado, escrevendo os pecados de cada um ali e esperando ver o que eles fariam. Eles acharam que estavam no controle e que estavam para vencer Jesus já que Ele parecia querer se omitir da situação, então, insistiram em uma posição da parte de Jesus para “saber” o que deviam fazer com a mulher. Jesus então disse: “quem estiver sem nenhum pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela”. Com isso Jesus estava dizendo que pela lei de Moisés, era certo que ela deveria morrer, pela sua culpa, mas eles deveriam lembrar que se matassem uma pessoa, eles também mereciam morrer da mesma forma. Então cada um entendeu o recado e foi se retirando de cabeça baixa. E só Jesus e aquela mulher ficaram ali. Jesus não tinha pecado, era o único que podia matar aquela mulher, mas disse para ela:

- Ei, ninguém ficou para te acusar do que estavam tentando fazer?
- Ninguém, Senhor – Respondeu ela.
- Então pode ir, eu também não vou fazer isso. Mas vá e não faça mais o que você fez.

Só Jesus mesmo! Ele ainda aconselhou a mulher a não fazer o que ele fez para não se meter em outra confusão! Que maravilhosa graça! Se você não se comove com esta história, eu não sei o que pode te comover então. Eu fico abobalhado desse Jesus, como pode, resolver uma questão dificílima de forma tão simples?! Jesus foi advogado dela e depois seu psicólogo! E que profissional maravilhoso! Resolveu tudo em uns dez minutos, eu imagino.

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25 de fevereiro de 2014

DEUS É MEU PSICÓLOGO

"E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas." Mateus 7:28 e 29

Um dia lendo a Lição da Escola Sabatina (se você não tem o costume de estudar, sugiro que o faça, o mais rápido possível) de 10 de fevereiro de 2014, me deparei com uma história antiga, mas que nesse dia me fez pensar no amor e no poder de Deus.
João 8:1-11 descreve a história de uma mulher que fora apanhado em flagrante adultério e pelas leis judaicas, ela deveria ser apedrejada. Nesta época, Jesus estava trabalhando em seu ministério salvífico e algumas pessoas da cúpula da igreja da época, detestavam o trabalho de Jesus, porque todo mundo admirava Jesus, enquanto aborreciam a conduta dos líderes da igreja.
Os líderes da igreja estudavam muito a Bíblia para procurarem coisas sobre a vontade de Deus, e sempre traziam ideias de que Deus era muito rígido com tudo, não admitia erro, todos deveriam andar na linha, se não tinham que morrer. Mas Jesus, usando a mesma Bíblia, mostrava que na verdade, Deus não era assim, Ele amava a todos incondicionalmente, e com esse discurso, as pessoas desprezadas da sociedade, sentiam-se amadas por Deus, mas o grande diferencial de Jesus é que ele falava o que era certo e fazia o que falava, enquanto os líderes da igreja falavam o que era certo mas faziam um monte de coisas erradas, por exemplo, muitos deles falavam que era errado adulterar, mas todo mundo sabia que às escondidas, ele ia ter relacionamentos ilícitos com mulheres, e naquela época, praticamente todo mundo se conhecia na cidade, as notícias se espalhavam rápido, mas quem iria acusar o líder, sabendo que ele mesmo é que corria o risco de morrer caso não conseguisse provas ou testemunhas?
Jesus não só falava de amor como demonstrava amor pelas pessoas, ao mesmo tempo que fazia tudo certo. Isso deixava os líderes da igreja com muita raiva porque eles queriam achar um erro em Jesus para poder acusa-lo de falsidade. Mas não conseguiam de jeito nenhum. Tentavam de um lado, tentavam de outro e nada! E eles procuravam acusar Jesus através da Bíblia. Já pensou?! Usar a Bíblia para ficar encontrando erros nas outras pessoas... A Bíblia serve como um referencial para mim mesmo, ela deve apontar os meus erros para que eu mude, não para ficar acusando um outro por aí! Por isso um dia Jesus disse para eles: Hipócrita, tire primeiro a trave do seu olho para poder enxergar o cisco no olho do outro (Mateus 7:5), ou seja, use a Bíblia para te tornar uma pessoa melhor, não para ficar acusando as pessoas, porque quando você usa a Bíblia para este fim, o seu erro é maior do que o do outro.
Por essa e muitas outras os líderes da igreja ficavam cada vez mais irados contra Jesus, porque Jesus ficava “tirando eles de tempo” na frente de todo mundo e eles, que eram acostumados a “tirar todo mundo de tempo” não conseguiam fazer isso com Jesus. Em toda discursão contra Jesus eles perdiam feio. Então um dia tiveram um plano, para eles era o plano perfeito. Naquela época, o império romano começou a dominar os judeus, e como era Roma que mandava em tudo, haviam ordens claras de que era proibido executar pessoas publicamente como os judeus costumavam fazer por suas leis civis que estavam ligadas às leis religiosas, por serem quase uma nação teocrática, onde é Deus ou a religião que dita as leis do povo. Então, pela lei de Moisés, eles deveriam matar quem cometesse adultério, mas pelas leis de Roma, não podia. Então eles planejaram pegar uma pessoa adúltera em flagrante levar até Jesus e colocar o caso nas mãos de Jesus. Se Jesus não concordasse em matar a pessoa, eles o acusariam de não ser fiel à lei de Moisés, e dessa forma, sua pregação perderia força. Mas se ele concordasse em matar a pessoa, eles incentivariam a multidão (que sempre quer fazer justiça com as próprias mãos) a matar a pessoa e assim, quando a polícia romana chegasse, entregarem Jesus para ser preso como culpado pelo crime bárbaro.

18 de fevereiro de 2014

EM DEFESA DOS FRACOS E OPRIMIDOS! 2

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam". Isaías 64:6

         Temos então a vingança de um crime com outros crimes. Não sou jurista, embora goste muito da área de direito, por isso, podem haver erros nas minhas aplicações, mas como exemplos, quebram um galho: se aplicássemos esta história ao nosso Código Penal Brasileiro, temos um estupro contra vários latrocínios (roubos seguidos de morte, embora eles tenham matado e depois roubado, não sei se seria o mesmo crime...), vários homicídios qualificados e mais o crime de levarem as mulheres e crianças cativas, possivelmente para fazê-las de escravas. Mas tudo isso em nome da justiça!
         Essa é mais uma das histórias mais cabeludas da Bíblia, mais uma história com uma narrativa pesada, mas repleta de lições para nós. Sobre Siquém, acredito que ninguém tem dúvida sobre o erro que ele cometeu, já até falamos sobre isso aqui na postagem de 1º de outubro de 2013. Mas outro grande erro que vejo foi o de não assumir a responsabilidade, ao ver a besteira que cometeu, correu para o pai para pedir que o pai resolvesse para ele e lhe desse o que ele queria. Como é que um homem gosta de uma menina, comete a maior besteira com ela e depois vai pedir para o pai resolver, claro, o pai tinha condições financeiras, influência... me parece que ele estava muito acostumado a ter tudo o que queria, o pai não o soube educar. É ainda criança que as pessoas devem ser ensinadas a aprender que no mundo, não se pode ter tudo o que se quer, principalmente no que diz respeito à invadir a privacidade de outras pessoas. Siquém parecia não ter limites, estava acostumado a fazer besteira e o pai concertar, me parece isso não só pela atitude dele como pela atitude de Hamor também. Hamor, pelos relatos, não se desculpou e nem expôs o filho às consequências de seus atos em nenhum momento, pelo contrário, ofereceu mundos e fundos para concertar o erro. Indenizações nunca tirarão as marcas da mente de uma pessoa que foi vítima de violência sexual. Certa vez ouvi algo de uma mulher que havia sido vítima deste crime que acredito que nunca sairá da minha cabeça, e sinceramente, aumentou mais ainda a minha revolta contra esse tipo de criminoso. Ela era uma jovem bonita, um dia foi sequestrada e no cativeiro sofreu esse abuso. Um dia a polícia a salvou do cativeiro e a partir de então, ela não foi mais a mesma, engordou, não conseguiu mais se cuidar direito e se recuperar, passou a viver sob medicamentos e dizia que o que mais a fazia estar naquela situação era o fato de se sentir culpada, embora tivesse consciência de que foi vítima, sentia-se culpada por ter dado prazer à uma pessoa que ela não gostava.
         De todo modo, os irmãos de Diná fizeram o que muita (mas muita) gente mesmo gostaria de fazer com certo tipo de gente, que vive cometendo crimes desses e de outros mais. Fizeram justiça com as próprias mãos para ensinar uma lição aos que tentassem violar mais alguma mulher da família deles. Bem a lição não serviu porque mais pra frente, na história do povo de Israel, descendentes deles, encontramos mais casos desses, e o pior, no próprio povo, ou seja, na própria família. Ao Senhor pertence a vingança (Deuteronômio 32:35), será que os filhos de Jacó não sabiam disso? Freud diria que isso é uma forma de tentar fazer com que as pessoas controlem seus impulsos naturais. A Bíblia diz que essa é a melhor forma de não fazer besteira tentando concertar outra, e ainda acrescenta que só Deus é justo (Deuteronômio 32:4; Jó 4:17; Eclesiastes 7:20), não há homem justo nessa terra, então, por mais que queiramos fazer a justiça por nós mesmos, acabamos sendo injustos. Ferimos quem não tem nada a ver com a história, decepcionamos até mesmo a quem desejávamos honrar.
            Diná casou-se com o homem que a violentou, mas o que teria sido pior na vida dela, viver alguns dias na companhia de um criminoso arrependido ou viver o resto da vida na companhia de seus irmãos criminosos? Geralmente, não ouvimos casos de que o estuprador tenha se casado com a pessoa que ele se casou, arrependido do mal que cometeu, geralmente as histórias são revoltantes mesmo. Mas Siquém, pelo que tudo indica (até porque ele nem teve tempo de provar o contrário) se arrependeu de ter cometido o que cometeu, por isso, há quem diga que os irmãos de Diná foram mais maus com ela do que o próprio Siquém, pois por mais que ele tenha feito mal à ela, ele ao menos aparentou tentar fazê-la feliz em compensação ao mal que cometera com ela. Até que ponto isso pode ser verdade eu não sei, não há relatos do que Diná pensou ou quis a não ser o de conhecer algumas pessoas daquela terra. Depois, em nome da honra dela, vários homens tomaram as decisões por ela, só que não me parece que alguém tenha consultado a Deus. E o que aconteceu? Justiça à Diná? Acho que não...

11 de fevereiro de 2014

EM DEFESA DOS FRACOS E OPRIMIDOS!

"Veio, pois, Hamor e Siquém, seu filho, à porta da sua cidade, e falaram aos homens da sua cidade, dizendo: Estes homens são pacíficos conosco; portanto habitarão nesta terra, e negociarão nela; eis que a terra é larga de espaço para eles; tomaremos nós as suas filhas por mulheres, e lhes daremos as nossas filhas. Nisto, porém, consentirão aqueles homens, em habitar conosco, para que sejamos um povo, se todo o homem entre nós se circuncidar, como eles são circuncidados". Gênesis 34:20-22

         O estupro hoje é considerado crime hediondo. É de se impressionar o número de estupros que ocorrem em todos os lugares em um mundo que se diz em desenvolvimento. Contradiz o que os evolucionistas pregam, porque não é de hoje que este crime é considerado vil, em qualquer período da história, em qualquer lugar do mundo que se tem registro, o estupro é visto com nojo. Hoje se ouve falar em casos onde homens abusam de mulheres e crianças e até mesmo de outros homens, mas geralmente este tipo de crime é praticado às escuras, porém em praticamente todos os registros de tempos de guerra, o estupro é um dos lazeres dos soldados que se aproveitam das pessoas mais vulneráveis. Ora, não estamos “evoluindo” como podemos continuar a reproduzir tal ato em nossas sociedades? A Bíblia tem uma teoria melhor: estamos é nos degradando, passo a passo.
         Se uma notícia de estupro choca qualquer ouvinte, quem dirá um membro da família saber que uma das mulheres da família sofreu tal abuso. Esta notícia certa vez soou aos ouvidos da família de Jacó. Diná, sua filha um dia saiu para passear pela terra em que eles agora estavam morando. Um rapaz chamado Siquém a viu por ali, se sentiu atraído por ela e se achou no direito de violá-la. Fez o que quis com a jovem mas acabou se apaixonando por ela. Pediu então a seu pai que falasse com Jacó para conseguir se casar com ela. E Hamor foi falar com Jacó.
         Com certeza não foi fácil para Jacó receber a notícia do que havia acontecido com sua filha, mas para os irmãos de Diná a notícia soou mais tenebrosa ainda. Eles estavam trabalhando quando receberam a notícia e assim que souberam, foram correndo para ver o que poderiam fazer. Quando chegaram em casa, o pai do estuprador estava conversando com o pai da irmã deles, pedindo para que Jacó concedesse a mão de sua filha ao filho sem-vergonha dele. Hamor era um príncipe, um cara muito importante na cidade, com sua influência, propôs que em troca, os filhos de Jacó poderiam se casar com as meninas da cidade, vice-versa, todo mundo seria uma família feliz e acabou a história, e ainda tinha mais, o valor que eles pedissem de dote por Diná ele pagaria.
            Jacó não tomou uma providência, mas os filhos dele logo pensaram numa estratégia para se vingar, como diz a gíria: “jogaram o caô” no pai deles pedindo para que o pessoal da cidade fosse circuncidado e o pai concordou. E Hamor voltou todo feliz para a cidade com a boa notícia e uma boa impressão daquela família... “que família cristã, sabem o que é perdoar”. Fato é que aquela era a estratégia perfeita para os irmãos vingarem-se do que Siquém havia feito com sua irmã, enfraqueceram os homens da cidade e no momento em que estavam mais vulneráveis os irmãos de Diná entraram na cidade e mataram um por um. Fizeram uma chacina, carnificina mesmo, ainda roubaram tudo o que havia na cidade e no campo, bem como as mulheres e crianças. Mataram o cunhado e trouxeram sua irmã de volta. Sentiram-se “os heróis da honra” bancando os justiceiros baratos.

4 de fevereiro de 2014

PARA QUÊ RECLAMAR? 2

   "Então Moisés levantou a sua mão, e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e os seus animais. E o Senhor disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado." Números 20: 11 e 12

Conhecendo a história toda, é fácil acreditar em Moisés, mas e hoje, quem são os homens e mulheres de Deus? Será que eles têm que fazer tudo isso para acreditarmos em suas mensagens? E como saber que são de Deus? Bem as respostas para essas perguntas não são o tema desta postagem mas se você tiver dúvidas quanto a isso, é só comentar aí embaixo que teremos prazer em responder. Mas é intrigante pensar que por mais que o povo conhecesse o mínimo do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, seus pais, eles não tinham fé suficiente para confiar que esse Deus fosse tão poderoso como os deuses do Egito, afinal, eles eram escravos dos egípcios, não é? E naquela época, considerava-se mais forte o deus do povo que prevalecia sobre os outros povos. O Egito era o bam bam bam dos impérios naquela época. Deus permitiu que o coração de Faraó fosse endurecido não só para mostrar aos egípcios que Ele era mais poderoso mas principalmente, para mostrar ao povo hebreu que nEle, eles podiam confiar, porque se confiassem, nada poderia ser empecilho para impedi-los de chegar onde deveriam.
Muitas vezes pensamos que eles não confiavam muito em Deus com tantas provas que Deus deu para eles, mas e nós? E você? Confia em Deus da forma que deveria? E olhe que é muito mais fácil confiar nEle hoje que naquela época! Assim como os hebreus ficaram desconfiados do homem de Deus, hoje ainda desconfiamos não só dos homens e mulheres que Deus colocou nesta terra para o avanço de Sua obra, como não confiamos muitas vezes na própria palavra de Deus: a Bíblia. Há pessoas que se dizem cristãs, que não acreditam na criação literal do mundo em seis dias, ou em tantos outros milagres e promessas descritos na Bíblia!
O povo reclamou quando Moisés conversou com Faraó e viram que Faraó não os queria libertar, preferiam que Moisés não tivesse aparecido e assim trazido mais pesar sobre eles, reclamaram quando se viram presos entre o mar e o exército egípcio, reclamaram por falta de comida, reclamaram por falta de água, reclamaram porque um dia um grupo achou que Moisés e Arão estavam enganando todo mundo e queriam ser os reis do pedaço, reclamaram porque no deserto não tinha frutas, reclamavam porque as vezes haviam certos desentendimentos, reclamavam de praticamente tudo! E se você ler os relatos em Êxodo e Números, verá que todas as vezes que eles reclamavam eles faziam o mesmo teatro: “ah, quem dera nós tivéssemos morrido no Egito”, “ah, quem dera a gente voltasse para o Egito”... tudo se resumia a preferir morrer ou voltar ao Egito.
Mas o que me impressiona, é que todas as vezes em que o povo reclamou, Deus deu uma solução, solução que as vezes não era das melhores, de fato, mas para amenizar o sofrimento momentâneo, tanto é que Ele foi providenciando as coisas durante quarenta anos até eles chegarem em Canaã. A propósito, sabe porque o povo passou quarenta anos andando pelo deserto? Números 14:33: por causa das murmurações, reclamações. Deus viu que a geração mais velha seria uma má influência para as mais novas, pois aquela geração não tinha fé suficiente em Deus. Por causa das reclamações, o povo conseguiu acabar com o sonho de Moisés. O coitado sonhava em chegar na terra prometida, saiu com uns oitenta anos do Egito com o povo, andou mais quarenta, só sonhando em desfrutar da aposentadoria... mas o povo não aprendia. Eles nunca chegavam em Moisés para falar que estavam com o problema e pediam para que ele intercedesse pelo povo. Não, eles já chegavam era “na voadora”, reclamando que Moisés os tinha tirado de suas casas, do conforto, para leva-los para morrer no deserto daquele que era o problema no momento. Aí Moisés irritado, desobedeceu a Deus e ficou de fora de Canaã (Números 20: 11 e 12). Viu só o que a reclamação faz? Atrapalha a nossa vida e a dos outros...
O tempo em que minha família e eu esperávamos viver nas casas dos outros foi se estendendo e parecia não ter fim, até que pela fé e só por Deus mesmo, conseguimos nosso canto. No começo ainda tínhamos o coração um pouco lá onde morávamos, mas aos poucos fomos nos adaptando a nova realidade, descobrindo os planos que Deus tinha para conosco e começando a deixa-Lo trabalhar com mais liberdade. Enfim, hoje achamos que ainda não chegamos em Canaã, mas sentimos que nosso deserto já não é mais tão deserto.
E quantas vezes não nos pegamos reclamando das coisas, não é? Logo nós, que somos israelitas? A reclamação vem da falta de fé. Se você conhece uma pessoa que se diz cristã e vive reclamando, das pessoas e das circunstâncias, saiba que esta pessoa não tem fé em Deus. Ela bem que poderia chegar em Canaã mais cedo, mas devido as reclamações, Deus vai prolongando os dias no deserto para ver se ela aprende a confiar em Deus e parar de reclamar. Muitas vezes, como os hebreus, nós não temos muitas razões para confiar em Deus racionalmente, aparecem desafios para resolvermos rapidamente, é difícil, mas Deus sempre que preciso, nos dará demonstrações de Seu poder para garantir que está ao nosso lado, e que se confiarmos nEle, vamos chegar rapidinho em Canaã. Que tal parar de reclamar e confiar em Deus?