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18 de fevereiro de 2014

EM DEFESA DOS FRACOS E OPRIMIDOS! 2

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam". Isaías 64:6

         Temos então a vingança de um crime com outros crimes. Não sou jurista, embora goste muito da área de direito, por isso, podem haver erros nas minhas aplicações, mas como exemplos, quebram um galho: se aplicássemos esta história ao nosso Código Penal Brasileiro, temos um estupro contra vários latrocínios (roubos seguidos de morte, embora eles tenham matado e depois roubado, não sei se seria o mesmo crime...), vários homicídios qualificados e mais o crime de levarem as mulheres e crianças cativas, possivelmente para fazê-las de escravas. Mas tudo isso em nome da justiça!
         Essa é mais uma das histórias mais cabeludas da Bíblia, mais uma história com uma narrativa pesada, mas repleta de lições para nós. Sobre Siquém, acredito que ninguém tem dúvida sobre o erro que ele cometeu, já até falamos sobre isso aqui na postagem de 1º de outubro de 2013. Mas outro grande erro que vejo foi o de não assumir a responsabilidade, ao ver a besteira que cometeu, correu para o pai para pedir que o pai resolvesse para ele e lhe desse o que ele queria. Como é que um homem gosta de uma menina, comete a maior besteira com ela e depois vai pedir para o pai resolver, claro, o pai tinha condições financeiras, influência... me parece que ele estava muito acostumado a ter tudo o que queria, o pai não o soube educar. É ainda criança que as pessoas devem ser ensinadas a aprender que no mundo, não se pode ter tudo o que se quer, principalmente no que diz respeito à invadir a privacidade de outras pessoas. Siquém parecia não ter limites, estava acostumado a fazer besteira e o pai concertar, me parece isso não só pela atitude dele como pela atitude de Hamor também. Hamor, pelos relatos, não se desculpou e nem expôs o filho às consequências de seus atos em nenhum momento, pelo contrário, ofereceu mundos e fundos para concertar o erro. Indenizações nunca tirarão as marcas da mente de uma pessoa que foi vítima de violência sexual. Certa vez ouvi algo de uma mulher que havia sido vítima deste crime que acredito que nunca sairá da minha cabeça, e sinceramente, aumentou mais ainda a minha revolta contra esse tipo de criminoso. Ela era uma jovem bonita, um dia foi sequestrada e no cativeiro sofreu esse abuso. Um dia a polícia a salvou do cativeiro e a partir de então, ela não foi mais a mesma, engordou, não conseguiu mais se cuidar direito e se recuperar, passou a viver sob medicamentos e dizia que o que mais a fazia estar naquela situação era o fato de se sentir culpada, embora tivesse consciência de que foi vítima, sentia-se culpada por ter dado prazer à uma pessoa que ela não gostava.
         De todo modo, os irmãos de Diná fizeram o que muita (mas muita) gente mesmo gostaria de fazer com certo tipo de gente, que vive cometendo crimes desses e de outros mais. Fizeram justiça com as próprias mãos para ensinar uma lição aos que tentassem violar mais alguma mulher da família deles. Bem a lição não serviu porque mais pra frente, na história do povo de Israel, descendentes deles, encontramos mais casos desses, e o pior, no próprio povo, ou seja, na própria família. Ao Senhor pertence a vingança (Deuteronômio 32:35), será que os filhos de Jacó não sabiam disso? Freud diria que isso é uma forma de tentar fazer com que as pessoas controlem seus impulsos naturais. A Bíblia diz que essa é a melhor forma de não fazer besteira tentando concertar outra, e ainda acrescenta que só Deus é justo (Deuteronômio 32:4; Jó 4:17; Eclesiastes 7:20), não há homem justo nessa terra, então, por mais que queiramos fazer a justiça por nós mesmos, acabamos sendo injustos. Ferimos quem não tem nada a ver com a história, decepcionamos até mesmo a quem desejávamos honrar.
            Diná casou-se com o homem que a violentou, mas o que teria sido pior na vida dela, viver alguns dias na companhia de um criminoso arrependido ou viver o resto da vida na companhia de seus irmãos criminosos? Geralmente, não ouvimos casos de que o estuprador tenha se casado com a pessoa que ele se casou, arrependido do mal que cometeu, geralmente as histórias são revoltantes mesmo. Mas Siquém, pelo que tudo indica (até porque ele nem teve tempo de provar o contrário) se arrependeu de ter cometido o que cometeu, por isso, há quem diga que os irmãos de Diná foram mais maus com ela do que o próprio Siquém, pois por mais que ele tenha feito mal à ela, ele ao menos aparentou tentar fazê-la feliz em compensação ao mal que cometera com ela. Até que ponto isso pode ser verdade eu não sei, não há relatos do que Diná pensou ou quis a não ser o de conhecer algumas pessoas daquela terra. Depois, em nome da honra dela, vários homens tomaram as decisões por ela, só que não me parece que alguém tenha consultado a Deus. E o que aconteceu? Justiça à Diná? Acho que não...

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