Eu vivi aos vinte anos de idade um encontro e um reencontro de família, tipo aqueles de televisão (nem tanto...). Depois de mais de trinta anos, meu tio reencontrou minha mãe e minhas tias. Ele saiu de casa com cerca de vinte anos de idade e nunca mais deu notícias. Eu cresci ouvindo falar nele, mas ninguém sabia onde encontrá-lo. Durante esse tempo, tiveram falsos alarmes, mas um dia, recebemos uma ligação que de fato era de onde ele estava. A segunda que aconteceu recentemente também foi conhecer minha irmã mais velha da parte de pai, eu também cresci ouvindo falar nela, e enfim, meu pai foi para sua terra, e quando voltou, trouxe-a consigo, e com ela seus quatro filhos, meus sobrinhos.
Pensando nesses encontros e reencontros da vida, lembrei-me deste verso de Mateus. Reencontrar amigos, colegas de longas datas é bom, mas parentes, é algo fantástico. Ao reencontrar pessoas que não são parentes você procura ficar por dentro do que aconteceu no tempo em que vocês estiveram longe e saber como está a situação atual da pessoa. Um parente, além disso, você busca o vínculo que o faz ser seu parente, onde você pode ver seu sangue correndo naquela pessoa?
Quando meu tio apareceu, meu avô e seu pai, já estava em seus últimos dias. Deus realizou esse sonho do meu avô que sempre acreditou que não iria morrer sem rever seu filho. Foi muito bonito ver a forma como meus tios repartiram a herança, meu avô não deixou testamento, mas foi tudo repartido igualmente.
Quem recebeu a herança? Filhas que viviam distantes do pai, uma filha de criação e um que passou trinta anos sem dar notícia e depois apareceu.
Se analisarmos racionalmente muitos desses aí não mereciam herança. Mas qual é o critério para se receber uma herança? Ser filho.
Mateus 20:1-16 conta a história de um pai de família que contratou alguns trabalhadores para sua vinha por um denário, mais tarde contratou outros, mais tarde outros e mais tarde outros. Na hora do pagamento todos receberam um valor igual, e os primeiros reclamaram porque os que trabalharam menos mesmo assim receberam como se tivessem chegado cedo. Essa história nos ensina que no reino de Deus ninguém será mais bem visto que o outro porque ora mais, tem mais fé, jejua mais, faz isso ou aquilo, todos quanto aceitarem receberão a vida eterna. Mas não pense que sendo assim você pode deixar para ir à vinha lá no final do trabalho primeiro porque quem trabalha com as uvas, delas pode saborear, quanto mais tarde fores, menos uvas comerás. Segundo porque pode ser que você só receba o convite no começo do trabalho e depois podes perder a oportunidade. Terceiro porque quem não trabalha, vive de forma ociosa, como o caso citado na parábola, quem vive desta forma, não tem o que ganhar de bom.
Vá trabalhar na hora que receber o for chamado, será para o seu bem. Não importa se você esteve o tempo todo longe ou perto, se passou uma parte longe ou perto, se ficou muito tempo sem dar notícias ou não, se é filho de sangue ou de criação, essa é a hora de chegar-se ao Pai. Ser filho, ser trabalhador é o que basta. Todos os filhos recebem a parte igual da herança ou do salário.