Uma das coisas que os não religiosos não conseguem entender é como pessoas religiosas sentem prazer na obrigação de se ir à reuniões semanais, seguir certos padrões sociais - geralmente caretas. Algumas coisas essas mesmas pessoas até podem apoiar como a assistência aos mais necessitados e outras coisas que são mais pessoais para quem observa. Para quem já nasce em certa religião, muitos não religiosos até podem compreender seus costumes, mas como uma pessoa não religiosa torna-se religiosa? O que de fato ela pode encontrar de bom em uma realidade aparentemente tão distante?
Cientificamente falando, a prática religiosa faz muito bem a muitos aspectos da vida. Diversos estudos científicos associam benefícios fisiológicos à fé, observados por alguns estudiosos tais como menores índices de inflamação pós cirúrgica em religiosos. Segundos as dezenas de estudos que relacionam saúde e religião apontam que religiosos são mais felizes e vivem mais, só este resultado deveria ao menos animar os não religiosos.
Obviamente, não quer dizer que só porque uma pessoa tem uma religião ela será mais feliz e viver mais, acontece que a religião eficaz (Tiago 1:27) está associada a um estilo de vida diferente do senso comum. Geralmente religiosos cuidam mais de sua saúde, evitando substâncias nocivas ao corpo e evitando excessos, mantém hábitos de comprometimento com outros e consigo mesmos, especialmente por manterem uma consciência e um dever ao divino.
Mas a religiosidade não têm necessariamente a ver com a fé. Pode parecer estranho para alguns esta frase, mas Jacques Ellul, define a crença como aquilo que podemos professar, porém, a fé, embora a Bíblia traga uma definição sobre a mesma (Hebreus 1:1 e 6), não pode ser claramente definida. Uma crença pode ser revisada pois geralmente trata-se do entendimento de uma pessoa ou de um grupo sobre determinada ideia, mas a fé, esta é pessoal e intransferível, embora possa ser alimentada e estimulada por outros, inclusive, esta é uma das funções da igreja.
O grande mal que vivenciamos é que a maioria dos religiosos se preocupam mais em viver suas crenças que viver pela fé. Os religiosos se comprometem em propagar suas crenças, mas a maioria não tem sequer fé, e nunca nem mesmo experimentou o que é isso. Sabendo disso, é fácil notar que nem todo religioso vai viver mais ou ser mais feliz. Nunca se viu tanto se falar em Deus (que o diga as discursões políticas no Brasil), religiosos temos muitos, mas no fim de tudo, Jesus pergunta: acharei fé na terra (Lucas 18:8)? Ainda que você deseje fazer parte de uma vertente religiosa, seja ela qual for, anele mais por fazer parte da família de Deus, e estes são os que tem fé, e não uma crença (Hebreus 1:1 e 6; Apocalipse 12:14).
Referências:
https://super.abril.com.br/ciencia/a-ciencia-da-fe/ (acessado em 26 de agosto de 2021).
https://www.baciadasalmas.com/minha-fe-nao-e-aquilo-em-que-acredito/ (acessado em 26 de agosto de 2021).
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