O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. 1 Samuel 2:6
Você já parou para
pensar em quanto tempo você ainda tem de vida ou quanto tempo você já viveu?
Normalmente pensamos que viveremos em média uns oitenta anos... neste
raciocínio, a cada oito anos de vida você viveu dez por cento da sua vida. Quanto
da sua vida você já viveu? E quanto dela você já aproveitou? A algum tempo
atrás eu estava percebendo que estava perdendo muito tempo na vida, para ser
mais exato, fiz um cálculo e percebi que estava perdendo mais de vinte por
cento do meu dia com nada. Se esse tempo fosse aproveitado, quanta coisa eu não
estaria aprendendo ou produzindo?! Então montei uma estratégia de preencher
este tempo e meus dias começaram a render mais. Eu vejo muita gente perdendo
tanto tempo com coisas fúteis.. coisas que só prestam naquele dia e depois, não
prestarão para mais nada. Essas pessoas estão cheias do que logo esvazia...
Quando
somos crianças o que mais gostamos de fazer é brincar. E é brincando que
aprendemos muitas coisas. Inclusive a ter fé. De fato, crianças precisam
brincar, mas na sociedade em que vivemos, as crianças começam a aprender a
perder tempo é cedo. Primeiro porque os pais não querem ter trabalho de
acompanhar os filhos, por diversas causas, então a televisão se encarrega de
ocupar o tempo das crianças. Para elas a melhor vida é a que mais os fizerem
rir. E se não tiverem alguém sábio para os instruir, crescerão sem limites,
sempre buscando satisfazer seus próprios prazeres e com dificuldades
incontáveis de lidar com frustrações.
A
adolescência chega e somos tentados a achar que a melhor vida é a que tem menos
regras para se cumprir. Começamos a questionar a sociedade e coisas mais
complexas. Acho que é na adolescência e juventude que as pessoas devem investir
em aprender o máximo possível, coisas que renderão bons resultados,
espirituais, acadêmicos e profissionais, creio que investindo muito nessas três
áreas respectivamente, a área pessoal, com certeza será beneficiada como
consequência. Mas é nessa fase da vida que o inimigo mais investe nas tentações
de fazer com que as pessoas priorizem a área pessoal, e pouquíssimas vezes o
que é investido nessa área pode ser aproveitado para as outras... se bem que
boa parte é usado como exemplo do que não deveria ter sido feito.
Então,
ao chegarem na fase adulta, começam a entender que a vida não era tão simples
como parecia. E essas pessoas tem dificuldades em se inserir em meios sociais. É
lá para esta fase, que muitos compreendem que não são donos de si mesmos, e que
se quiserem se assumir autonomamente, em um ou outro momento terão de prestar
contas não só a Deus, mas também a autoridades daqui deste mundo.
Ao
envelhecerem, observam com atenção as novas gerações chegando e fazendo as
mesmas escolhas erradas que o fizeram chegar onde chegou sendo que poderia ter
ido mais longe. E então, tentam explicar como viver, mas quem dá ouvidos?
O
mais engraçado é que nós lemos e escrevemos coisas assim se imaginando nesta
idade, mas será que chegaremos lá? Quem tem o controle de nossas vidas? Qual é
o seu último dia de vida? Você está preparado para quando ele chegar? O que
você vai apresentar para Deus no seu relatório ao prestar conta do seu tempo? “Senhor,
eu tinha vinte e quatro horas no dia, em oito eu dormia, em duas ou três eu
comia, em cinco ou oito eu trabalhava ou estudava...” Poxa, dezenove horas no
máximo... e as outras horas? Você estava se arrumando ou se deslocando... e o
tempo para Deus? Você passava as horas de trabalho e estudo com a mente voltada
mesmo para essas atividades? No dia do juízo iremos ver com clareza aquilo que desperdiçamos,
que hoje achamos imprescindível.