"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais". Jeremias 29:11
Se fôssemos listar todos os males que podemos observar na sociedade atual, a lista seria imensa. Mas um que podemos observar em especial, está associado no que diz respeito aos relacionamentos. Mesmo dentro dos grupos mais jovens, é possível notar uma quantidade significativa de gente frustrada, desiludida, desconfiada por alguma ou algumas experiências vividas ou observadas. Quem nunca passou por uma decepção ou frustração? Tudo isso faz parte da vida, mas não é porque nos machucamos com uma espinha de peixe ou passamos mal ao comermos alguma coisa que vamos desistir de comer, na verdade, isso tudo deve servir de motivação para, ou mudarmos, ou termos mais atenção a certos detalhes.
Um dos maiores problemas no que diz respeito à frustração, está relacionado não apenas ao que o outro é ou faz, mas no que esperamos, imaginamos ou idealizamos destas pessoas. Não é difícil encontrarmos nas redes sociais, inúmeras frases de efeito nos isentando de qualquer responsabilidade sobre nossas decepções, de certo modo, para acariciar nosso ego ferido. A mais recente que li dizia algo como: "as vezes não é que as pessoas mudam, mas apenas as máscaras que caem". Não se pode negar que existam de fato pessoas que por falta de caráter, já se aproximam de certas pessoas no intuito de tirar algum proveito e no momento oportuno, mas as pessoas tem exagerado em atribuir falsidade aos outros.
Toda ação gera uma reação, já conhecemos a Terceira Lei de Newton muito bem na teoria, mas na prática parecemos ignorar seus efeitos. Ignoramos que as pessoas podem se afastar de nós também porque não lhes damos a chance de aproximarem-se como gostariam ou mesmo, porque simplesmente, com nossas ações podemos acabar comunicando quem de fato somos e desta fora, as outras pessoas (dentro de seus direitos e liberdades) podem simplesmente entender que não somos a melhor companhia para elas. Duro, não?! Mas muitas muitas vezes ignoramos a lei da ação e reação porque em todo relacionamento, nós damos alguma coisa ao outro, só que tudo o que damos, recebemos em troca, e nem sempre o que estamos animados em dar é o que o outro está animado a receber, desta forma, algo que julgamos ser bom para o outro, não seja o que o outro quer ou goste.
Deste modo, acabamos cometendo um grande pecado (não no sentido espiritual): ignorar o outro. Podemos ignorar os outros com a melhor das intenções. Imagine alguém que não tem tempo com alguém que ame, prepara-lhe uma festa, toda organizada, dá um belíssimo presente, mas não passa o tempo ou lhe fala o que ela gostaria. Na melhor das intenções, quem deu a festa e o presente deu o seu melhor, mas não chegou nem perto do que o outro queria ou precisava. O resultado, nem é preciso dizer aqui porque se você se colocar em um destes dois lugares, já pode imaginar a quantidade de problemas e discussões que esta situação pode causar.
Portanto, hoje vemos muitas pessoas frustradas, decepcionadas, desiludidas, e o mais triste é que muitas acabam acreditando que estão fadadas a este carma, maldição, destino, ou seja lá como você prefira chamar. Mas Deus nos ensina algo muito interessante: Ele nos ama, Ele é supremo, porém não nos impõe um destino, um modo de viver, agir ou pensar. Ele nos ama, e por isso tem os melhores pensamentos para nós. Mas não nos obriga, pelo contrário, nos aconselha e se dispõe a nos ajudar a chegar onde queremos! Ele ainda está interessado em nos ouvir, nos dá oportunidade de exercermos nossa individualidade (Isaías 1:18). Talvez seja isso que nos falta: nos interessar genuinamente pelos outros, buscar entendê-los, dar-lhes a chance de ser quem são de mostrarem quem são, do que gostam. Daí, pode ser até menos frustrante as separações por conta de falta de harmonia.
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