"Pois se levantarão falsos cristos e falsos profetas e apresentarão grandes milagres e prodígios para, se possível, iludir até mesmo os eleitos". Mateus 24:24
Em muitos filmes, existem cenas onde o personagem principal se vê em uma situação onde não sabe em quem confiar, em alguns deles, nós já sabemos quem é certo e quem não está, mas em alguns deles, nós acabamos ficando angustiados sem saber também em quem acreditar. Em vários momentos, a Bíblia fala que o fim dos tempos, ou os últimos dias, seriam dias (ou tempos) difíceis, e em cada um destes textos, podemos ver características similares ou diferentes deste tempo que seria muito complexo, porque se trata de um tempo tão hostil, onde nem mesmo os escolhidos por Deus, ou os que têm acesso à vontade de Deus saberiam distinguir entre o bem e o mal.
A Bíblia é muito mais do que um livro de auto ajuda, onde encontramos palavras de conforto quando nos sentimos aflitos, embora tenha muitos textos que nos confortem o coração e nos garanta o cuidado de Deus, ela também é um livro que apresenta diversas reprovações da parte de Deus para nossa vida. O maior desafio de se estudar a Bíblia, talvez seja aprender a ver o Deus ali descrito como alguém que equilibra o amor, a misericórdia e a justiça, porque nós sabemos que exercer essas três coisas é muito difícil, e erramos se tentarmos comparar Ele a nós mesmos.
Em meio a tantas dúvidas e incertezas, uma pergunta pode nos guiar neste caminho, e esta questão, talvez seja a mais importante de todas em nossa vida: "qual é a vontade do Senhor?" (Efésios 5:17). Se ao lermos a Bíblia, formos em busca desta resposta, talvez nossa compreensão possa ser facilitada, muito embora possa dificultar muita coisa em nossa vida a depender da família, da sociedade e da época em que decidimos seguir aquilo que aprendermos ser a vontade de Deus.
A Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, não se trata de uma narrativa linear, e muito menos uma narrativa escrita aos moldes do que é a nossa gramática atual. Você pode montar uma narrativa linear, se juntar o quebra-cabeças que tem ali naquelas páginas. Porém, alguns conceitos são recorrentes, como o de que existem apenas dois caminhos, dois lados e ao final, só há dois destinos: o destino da felicidade ou o destino da morte, dor e sofrimento. As tantas parábolas, povos, e personagens ali descritos representam sempre dois grupos: o grupo dos obedientes (e portanto felizes) e o grupo dos desobedientes (e portanto, condenados a um futuro obscuro).
A narrativa trata na verdade de um mundo paralelo, e os acontecimentos do presente não necessariamente são resultados ou confirmação do que se segue no futuro. Por exemplo, há muitos injustos que parecem viver muito bem aqui enquanto muitos justos parecem viver uma vida de dor e sofrimento, esta era uma indignação recorrente nos Salmos de Asafe. Portanto, prosperidade não é medida da justiça de alguém. Deus até promete prosperidade em situações específicas, mas se alguém é próspero, não significa que é porque seja justo aos olhos de Deus. Mas contradizendo os escritos sagrados, muitos afirmam ser a prosperidade um sinal de ser bom aos olhos de Deus. Continuaremos a falar neste assunto no próximo post.
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