Imagine a seguinte cena: Jesus voltando e
recebendo aqueles que O esperaram e alguém tenta entrar no meio dos salvos.
Esta pessoa viveu desregradamente era muito influenciada pelas pessoas que a
cercavam. Jesus diz que ela não pode entrar, mas ela tenta argumentar dizendo
que era muito difícil manter uma vida cristã cem por cento, porque ela vivia no
meio de um monte de gente que não era cristã e não era fácil manter-se firme
perto destas pessoas, porque elas contavam piadas, tomavam umas e outras,
faziam umas coisas até legais e que não faziam mal à ninguém, tinham um certo
tipo de palavreado que se ela não falasse como eles, seria muito mais difícil
estar no meio deles para poder influenciá-los para o lado bom... você acha que
isso iria colar?
Um dia Isaías teve uma visão e ele ficou
desesperado quando viu a imagem de Deus porque ele disse que estava morto, por
ser homem de impuros lábios e viver no meio de um povo de impuros lábios
(Isaías 6:5). Pergunto: quem influenciou quem à ter lábios impuros, Isaías ao
povo ou o povo à Isaías? Acredito que a segunda opção seja a verdadeira, por
isso, Deus deu uma lição em Isaías naquele dia: viver no meio do erro não é
desculpa para errar, Deus tem uma forma de nos manter puros, no caso de Isaías,
mandou que um serafin colocasse uma brasa viva em sua boca para o purificar.
E você
precisa de uma brasa viva aonde? Tem gente que precisa de uma brasa para
santificar sua boca, como Isaías, porque tem sido influenciada a falar
palavrões, gírias que muitas vezes são desagradáveis à Deus, piadas com
sentidos totalmente mundanos e satânicos. Outras pessoas precisam de brasas em
suas mentes, porque tem sido influenciadas a pensar besteiras e coisas
pecaminosas, a acreditar em mentiras, a maquinar o mal, tudo por causa da
influência do mundo. Outras ainda, precisam santificar seus órgãos genitais,
porque não os tem usado da forma apropriada porque são influenciadas pelo que o
mundo ensina.
Normalmente, somos muito influenciados pelos
outros, mas nós só somos influenciados por alguém que nós admiramos muito ou
pensamos muito. “É pelo contemplar que nos transformamos. Demorando o pensamento no amor de Deus e nosso Salvador, contemplando a perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como nos pertencendo pela fé, seremos transformados na mesma imagem.” Mente, Caráter e Personalidade, Vol. I, pág. 337.
O grande problema é que a maioria das pessoas,
incluindo professos cristãos, não tem contemplado a Cristo. Contemplam quem
quer que seja, mas não à Cristo. O grande problema está no fato que só entrará
no céu aqueles que foram moldados conforme à imagem e semelhança de Cristo,
porque Ele nos criou à sua imagem e semelhança, mas o pecado fez separação
entre nós e Ele, agora, precisamos retomar à imagem e a semelhança de Cristo
perdidas em nós.
Certa vez vi a reportagem de um cego que pintava
e desenhava figuras até realistas e o grande detalhe é que ele era cego de
nascença. Como isso é possível? Não sei, mas sei que em matéria espiritual, é
impossível alguém desenhar Cristo em si sem contemplá-Lo.
É o contemplar a Jesus que nos faz ter a certeza
em meio à duras provas de que Ele tem a solução, porque olhamos para Ele, não
para as provas. Precisamos estar com os olhos postos em Deus, para que nossa fé
cresça, para que nosso caráter seja moldado conforme a vontade dEle, para
resistirmos as tentações das influências que não vem dEle.
Seus ouvidos, seu paladar, seus olhos, seus pés e
mãos, seu corpo inteiro, o que precisa ser santificado? Que seja hoje.
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