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20 de maio de 2013

CRISTIANISMO E SEXUALIDADE: HOMOSEXUALISMO E BISSEXUALISMO

"Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado". Ezequiel 16:4

        – Preciso falar com você.
Estas foram as palavras que iniciaram umas das conversas mais difíceis da minha vida. Ajudo muitas pessoas, especialmente jovens com conselhos e informações que louvo a Deus por conseguir um bom resultado, mas a história deste jovem em especial foi muito significativa para mim, pois gostava muito dele. Pelo tema, você já deve saber de que assunto se tratava, o que você não sabe é a história, que pretendo contar nestas postagens, mas, mais para frente.
O homossexualismo e o bissexualismo são temas muito recorrentes hoje em dia, diria que são “o tema da moda”. Até porque, a partir de maio de 2011, foi reconhecido juridicamente no Brasil a família homossexual em uniões entre pessoas do mesmo sexo, e recentemente, foi legalizado o casamento gay e inclusive, na quarta-feira (15), o Conselho Nacional de Justiça editou a resolução nº 175, publicada em 14 de maio de 2013, e, por lei, todas as uniões homo afetivas, assim entendidas pelos tribunais brasileiros deverão ser convertidas em casamento, e o Estado não pode negar a recusa de habilitação, o que acontecia muitas vezes em alguns lugares do Brasil. Claro que o Estado não pode negar, independe das convicções dos magistrados, pois são eles, representantes do Estado Brasileiro, que por sua vez, é laico.
“Que absurdo, é o fim do mundo”! Podem pensar alguns, e embora eu concorde em partes com isso, meu objetivo maior com estas postagens é explicar (à luz da Bíblia) certas coisas erradas na maneira de se pensar sobre o assunto.
Há algum tempo atrás, fiz uma apresentação na faculdade sobre cinco coisas que eu não gostava, dentre elas, apresentei: brincos, pircengs, tatuagens, alargadores e etc. Para ilustrar, coloquei a imagem de um rapaz com tudo isso, tatuagens no corpo inteiro. Para quê? Fui bombardeado pelos mais diversos argumentos, mas você acha que eu achei ruim? Pelo contrário, “me amarrei”.
        Jesus diz em Mateus 5:10 que são bem-aventurados os que sofrerem perseguição por causa da justiça! Mas eu não estava feliz por me sentir “o justo”, defensor das causas de Deus, etc... fiquei feliz porque naquele dia, aprendi, com aqueles meus colegas, um pouco mais sobre justiça. Vou relatar um pouco do que aconteceu porque acho muito relevante para a introdução deste tema tão polêmico!
        Ao apresentar os meus “desgostos” visuais, me perguntaram porque, por exemplo, eu havia colocado uma imagem tão forte sobre as intervenções no corpo de forma tão agressiva, um cara com tudo aquilo... realmente, percebi o quão descuidado e infeliz fui em (não) selecionar uma boa imagem. Eu pensava apenas não gostar daquilo, pensava já ter saído do campo do pré-conceito para o campo do conceito formado, mas descobri que ainda faltava uma coisinha, e de lá pra cá, procurei me livrar. De fato, eu me incomodo em ver tudo isso que mencionei, mas isso não me faz deixar de amar as pessoas que usam isso.
        Agora, isso que acabei de mencionar, é um clichê “brega pra moléstia”! Praticamente todo religioso fala isso, parafraseando, um ditado religioso e popular que diz que “Deus ama o pecador, mas aborrece o pecado”, quando na verdade, vemos nitidamente suas atitudes preconceituosas. Descobri que embora eu estivesse bem mais liberto do preconceito, certas raízes ainda permaneciam em mim, não fosse isso, eu não teria tido o descuidado em colocar aquela imagem no meu trabalho. Como fiz? Digitei “tatuagem” em um site de pesquisa, a primeira imagem que bati o olho e vi uma pessoa com um monte de tatuagens copiei e coloquei lá. É isso que dá muito problema, porque quem tem preconceito, pode até não aceitar que o tem e para isso, cria artifícios e argumentos para acobertar a sua culpa, novamente, voltamos para o que Freud fala sobre a neurose. Em uma atitude mais cautelosa da minha parte, eu teria o cuidado em selecionar bem a imagem de uma pessoa tatuada, não para acobertar o preconceito, não para achar graças aos olhos dos outros, mas para justamente, evitar certas impressões errôneas, que vão além do que se quer mostrar.
      “Muitas pessoas, por exemplo... – e isso foi o que uma pessoa me disse naquela aula (eu me lembro de cada autor ou autora das frases e argumentos que ouvi, mas prefiro não identificar de forma alguma o local e as pessoas, acho que é ético fazer isso) – ...dizem não ter preconceito com gays e, para justificar-se ou acobertar seu preconceito emendam: ‘tanto é que meu cabelereiro é gay’, ‘eu conheço vários gays’, ‘tem um gay em tal lugar que eu frequento’”... Isso de fato, não é prova de não ter preconceito, pelo contrário. É uma das lições que aprendemos na história de José (Gênesis 39): quem está certo, não precisa explicar o porquê de estar certo [salvo é claro, quando pedirem a razão da sua fé (I Pedro 3:15)], pois suas própria atitudes mostram isso. Uma pessoa pode até dizer que não tem preconceito, mas se age como tal, não tem como esconder, pode não falar nada, mas seus olhos, sua postura, sua boca, seu corpo, denunciam.
        Em outros tempos, o assunto do preconceito era com relação aos negros, e o que é mais curioso é quando a própria pessoa que sofre o preconceito é preconceituosa. Certo dia, segundo um colega, ele estava no trabalho quando um rapaz negro entrou e pediu para usar a televisão para assistir um vídeo que se não me engano, era um trabalho dele. À ele, foi explicado que o horário de expediente já estava acabando e que ele só poderia ver se fosse algo bem rápido. O jovem concordou e disse que seria rápido, mas não era e, quando lhe foi pedido para sair, ele se alterou exclamando estar sendo vítima de preconceito só porque ele era negro. Me lembro muito bem destes tempos, muitos negros se deleitavam mesmo nesta condição, viviam à procura de alguém para lhes desrespeitar a fim de que pudessem entregar estas pessoas à justiça ou fazer algum tipo de chantagem.
        Por isso, o maior desafio de se falar neste assunto, em especial, é conseguir fazer com que o preconceito seja eliminado. Você jamais poderá compreender bem este assunto se não estiver livre de seus preconceitos. Me refiro à você, religioso ou religiosa que tem dificuldade, ou, até mesmo, ache impossível falar sobre homossexuais ou bissexuais, ver, aceitar, etc, e à você, homossexual, bissexual ou simpatizante, que acha todos os religiosos preconceituosos e intolerantes, isso é um preconceito também.

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