
Nós só podemos saber se estamos livres de alguma coisa, se no momento em que vimos, ouvimos, cheiramos ou sentimos não nos lembrarmos do que isso nos trazia à memória ou mesmo que lembremos, não sintamos mais os mesmos sentimentos que outrora sentíamos.
Conheci um rapaz que era usuário de drogas e certo dia, no fundo do poço, clamou a Deus e Deus o ouviu, libertando-o deste terrível vício. Ele começou a trabalhar na obra de Deus, vendendo livros cristãos. Um dia, após uma boa venda, voltava para casa com o bolso cheio de dinheiro, mas no caminho, encontrou algumas pessoas vendendo drogas. Seu coração bateu mais forte, não por desejo de consumir as drogas, mas para saber se resistiria a tentação que antes lhe era tão forte ou não. Ele foi se aproximando, mas passou direto, não sentiu nenhum desejo de consumir aquelas drogas, então ele teve a certeza de que estava liberto.
Você é livre? A maioria dos países deste planeta pregam que seus cidadãos são livres, mas será que de fato somos? Jesus disse certa vez que todo aquele que comete pecado, é escravo do pecado (João 8:34). Volto a perguntar, você é livre?
Hoje, quero apresentar duas pessoas à você. É muito provável que você conheça estas duas pessoas, mas são personagens muito interessantes, que vale a pena aprender algumas coisas com (os erros) deles. Estou falando do jovem rico e de Judas.
Se você conhece estes dois personagens da Bíblia, você deve saber que ambos tinham um interesse em comum: gostavam de dinheiro (Mateus 19:22; João 12:6). A história destes dois é muito semelhante uma com a outra. Ambos amavam o dinheiro e tiveram a oportunidade de conhecer a Jesus.
Mas no encontro com Jesus, o processo de salvação deles se diferia. Para o jovem rico, Jesus deu-lhe a oportunidade de se desapegar do amor ao dinheiro pedindo-lhe que se desfizesse de tudo o que ele tinha, somente assim, ele poderia se desapegar do dinheiro. Para Judas, Jesus entendeu que ele poderia aprender a se desapegar do dinheiro, dando-lhe mais dinheiro, por isso, o fez seu tesoureiro.
O fim das histórias desses dois personagens nós conhecemos muito bem: eles não aproveitaram a oportunidade comparar o dinheiro com Jesus e escolher Jesus, eles escolheram o dinheiro.
Mas por quê Jesus lhes propôs provas tão difíceis, se sabia que eles não passariam? Antes de fazer tal pergunta, pergunte-se:
Jesus seria honesto ou justo se não lhes proposse tal prova e não lhes deixasse entrar no céu porque não foram libertos por ele?
Jesus seria honesto ou justo se lhes desse a salvação sabendo que eles amavam mais ao dinheiro que o dono do dinheiro?
Por que Jesus não lhes curou do amor ao dinheiro? Antes de fazer tal pergunta você deve perguntar:
Eles queriam a salvação?
Eles queriam ser libertos?
Jesus lhes propôs apenas uma forma de extinção de seus comportamentos segundo o que a psicologia chama de Behaviorismo:
"Extinção, segundo BOCK, FURTADO e TRASSI (2002, p.52) 'é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como conseqüência, a resposta diminuirá de freqüência e até mesmo poderá deixar de ser emitida'. Assim a omissão de reforço é o procedimento para se obter o declínio gradual de uma resposta condicionada, ou seja, a 'extinção'". Como assim? Imagine que uma pessoa tem medo do escuro. Como fazer para que esta pessoa perca este medo? Coloque-a em um quarto escuro por um determinado tempo, ela ficará com muito medo, mas cada dia que ela passar por este procedimento, ficará com menos medo até perder o medo.
"Segundo WHALEY e MALOTT (1980, p.54), 'o procedimento de extinção consiste em suspender o reforço para uma resposta condicionada. O comportamento em extinção típico consiste num decréscimo gradual na freqüência da resposta ate que ocorra, no máximo, com a freqüência apresentada antes do condicionamento'. Assim, 'extinção' é o que acontece quando o comportamento não é reforçado e tende a desaparecer. Um comportamento condicionado a uma recompensa enfraquece e pode desaparecer quando a recompensa não é fornecida." Acho que isso nos deixa bem claro o verso de Tiago 4:7... Se não nos dedicarmos a pensamentos e comportamentos pecaminosos, logo estes deixarão de nos assediar.
Infelizmente, há no mundo milhares de Judas e jovens ricos por aí. São pessoas que tendo a oportunidade de conhecer Jesus, escolhem amar "o mundo e o que nele há". Porque estas pessoas querem a salvação, mas não querem ser libertas de suas paixões, de seus vícios, de seus desejos...O primeiro grupo, é o grupo do Judas, são pessoas a quem Jesus concede diversas coisas, para que estas pessoas ajudem o evangelho a ser pregado. Essas pessoas recebem dons, talentos, bens materiais, inteligência, beleza, força, criatividade, velocidade e outras coisas mais, mas fazem como Judas e roubam o que Deus lhes concedeu para seus próprios interesses. A última coisa em que estas pessoas pensam é em ajudar quem precisa de seus dons.
O segundo grupo, é o grupo do jovem rico. São pessoas que tem muitas coisas antes de conhecer Jesus, mas quando encontram-se com Jesus, Jesus lhes pede para abandonarem, abrirem mão daquilo que eles já tinham, porque o que eles tem, lhes afasta do céu.
Em qual destes grupos você está? Espero que em nenhum destes, mas infelizmente, a maioria das pessoas do mundo se encontram enquadradas em um destes grupos. Tem gente que só usa seus dons para fins egoístas, ou não oferece o melhor ou o todo a Jesus. Outras não querem abrir mão de seus pecados para receberem a salvação. O pior é que estas pessoas vivem sabendo que estão erradas, mas ficam se comparando a outras pessoas, a fim de se sentirem melhor. Mas isso não lhe faz ser livres, somente Jesus pode nos dar a real liberdade, caso contrário, mesmo que andemos com Ele, como Judas andou, não seremos livres.
Você quer ser livre de verdade? Abra mão do que Jesus lhe pede e use para Ele o que Ele te deu.
Fonte:
http://www.bibliaonline.com.br/
http://ellenwhitebooks.com.br/
http://www.euniverso.com.br/Psyche/Psicologia/comportamental/extincao.htm
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