Olá?!

Seja muito bem vindo à este Blog.
Aqui você irá encontrar pensamentos meus acerca da Bíblia, livro que amo e reconheço como divinamente inspirado.
São inspirações para sermões, conselhos, mensagens, respostas para dúvidas e por aí vai... Divirta-se. "Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê." - Monteiro Lobato.
Para conhecer mais sobre meu trabalho, acesse meu site: http://www.rodrikarts.com.br/

INSCREVA-SE



23 de março de 2017

VISTA A CAMISA

E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. - Mateus 22:12

Algum dia você já encontrou alguém com alguma roupa igual a sua? Talvez você não se lembre do rosto da pessoa, mas da roupa, com certeza você se lembra. Isso porque vemos nossas roupas como um pedaço de nós, nós acreditamos que elas nos ajudam a demonstrar quem nós somos, e de fato, ajudam mesmo. Mas precisamos tomar certos cuidados para não nos acharmos tão especiais assim. Na escola, é comum encontrar alunos que não querem usar o uniforme, alguns insistem em ir com outras roupas, outros tentam modificar o uniforme de alguma forma, especialmente na adolescência, que é quando os meninos e meninas querem ter algum destaque de alguma forma. E o pior é que isso é um reflexo da vida moderna.

A ideia de ser diferente por meio da roupa é fruto das teorias de Freud aplicadas ao Marketing por seu sobrinho Edward Bernays. Bernays criou o consumismo através dos estudos de seu tio. Cigarros antes eram usados praticamente por homens, e a indústria tabagista procurava conquistar as mulheres para consumirem cigarros, até que contrataram Bernays para este serviço. Bernays avisou à imprensa que um grupo de mulheres iria se manifestar pelo direito ao voto para as mulheres, mas na verdade, aquele grupo de mulheres eram lindas debutantes contratadas por Bernays para acenderem cigarros em público, chamando-os de tochas da liberdade. Depois das fotos estampadas em todos os jornais, as mulheres passaram a ver o cigarro como uma forma de confrontar o sistema que as reprimia e assim o cigarro se tornou comum entre as mulheres.

Este foi o primeiro trabalho de Bernays, depois de criar seu escritório de “Relações Públicas”, pra não dizer “Propaganda” (a palavra propaganda era malvista por ser associada a propagandas de guerra e o mundo acabara de passar pela Primeira Guerra Mundial). Dali em diante, seus trabalhos ganharam fama e grandes clientes. As pessoas, no início do Século 20, basicamente se vestiam iguais umas as outras, e os serviços de Bernays também influenciaram a indústria da moda propagando a ideia de que cada pessoa tem uma personalidade, portanto, cada uma deve se vestir como melhor lhe parecer, e não iguais as outras pessoas.

Não quero que as pessoas se vistam iguais umas as outras, mas acho que tudo isso nos traz uma grande lição. Embora Deus tenha criado cada pessoa com uma personalidade diferente, Ele nos concede uma única roupa, uma roupa que nos faz iguais a todos, não na visão comunista de que todo mundo deve ser igual em bens e consumo, mas na visão de sermos iguais como semelhantes criaturas. Para Deus, cada pessoa tem uma personalidade, e Ele fez questão de criar a diversidade, porém, com o pecado, surgiu em nosso coração um desejo de sermos melhores que os outros, e muitas vezes somos levados a acreditar nisso em nossa busca por bens, títulos e status.

Jesus contou uma parábola sobre uma festa, que Ele compara ao Céu. Nessa festa, depois de muita gente ter sido convidada e rejeitar o convite do rei, foi concedida às pessoas mais simples, a oportunidade de entrar nas bodas do filho do rei. Mas para entrar nessas bodas, era necessário primeiro aceitar o convite, e em segundo lugar, aceitar uma roupa especial para a festa (veste nupcial, ou roupa de festa). Essa roupa só poderia ser concedida pelo rei, ou pelo filho do rei, porque naquela época, as pessoas simples não tinham condições de comprar uma roupa de festa. Se no início do Século 20 as pessoas se vestiam de forma simples e parecidas, imagine na época de Jesus… E os convidados foram pegando suas roupas e se arrumaram para a festa. Mas um dos convidados quis ser “o diferentão”, como dizem por aí, e decidiu ir com uma roupa que o destacasse. E de fato, conseguiu se destacar, tanto que o rei olhou aquela cena e mandou que o matassem, porque ele não havia aceitado as vestes nupciais.

Essas roupas simbolizam a justiça de Cristo, só Ele pode nos conceder. Só podemos ser aceitos por Deus se aceitarmos ser humildes a ponto de reconhecer que nada que temos ou somos nos faz dignos de estar em Sua presença, e nada disso nos faz melhores que as outras pessoas. Ao negar a roupa da justiça de Cristo, nós declaramos que somos iguais a Deus, o rei, só ele poderia estar com uma roupa diferente! Essa história não é sobre Deus ser mau e tirano, pelo contrário, ela nos mostra o quanto Ele é bom, porque se fosse depender de adquirirmos uma justiça (roupa) digna de estar em Sua presença, todos nós seríamos destruídos, mas Ele, por amor, nos concedeu essa roupa, a justiça de Cristo, pra termos esta oportunidade, para que no dia final, ninguém tenha desculpas a dar, dizendo que não teve condições. O rapaz da parábola ficou sem argumentos quando o rei lhe perguntou como ele estava ali sem as vestes nupciais, portanto, ninguém se perderá sem oportunidade de salvação. A salvação não tem a ver com o nome de uma igreja, o cargo ou o ministério que alguém exerce. Ser salvo é simplesmente aceitar a roupa, aceitar o uniforme que o Céu nos concedeu: Jesus.

Curta nossa PÁGINA NO FACEBOOK e conheça nosso site: www.rodrik.esy.es

Nenhum comentário:

Postar um comentário