“E
não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso
entendimento...” Romanos 12:2
Você
pode ter notado que falamos sobre os problemas que nos dificultam ser puros ou
abstinentes, mas que o assunto do tema ainda não chegou né? Afinal que perigos
são esses que corremos em ser abstinentes? (Àqueles que não são casados, é
claro, porque os casados não devem ser abstinentes)...
Segundo
a psicanálise, ao menos no tempos de Freud, só há uma razão para as neuroses: o
sexo. Já falamos sobre as semelhanças e diferenças entre as neuroses e a
religião, uma dessas diferenças é que enquanto as pessoas se tornam religiosas
por vários motivos, os neuróticos se tornam isso por causa simplesmente do
sexo. Uma pessoa se torna neurótico, geralmente, pela supressão dos instintos
sexuais e muito raramente por causa dos seus excessos.

Vivemos
em uma sociedade que tende a suprimir os instintos, sexualmente falando, já nem
tanto... Mas são essas supressões que causam as neuroses. Quando eu tento lutar
contra um instinto, devo saber que não irei vencer, todas as pessoas que tentam
fazer isso, tornam-se neuróticas porque ao fracassarem, criam métodos (que são os
rituais que já estudamos aqui) para vencer e acabem na mesma situação ou piores
do que antes.
Devemos
entender que só podemos obter vitória se nos entregarmos à Deus de verdade, Ele
sim, pode nos mudar, mas se nós tentarmos por nós mesmos, viveremos a dar
murros em ponta de faca. “Cada nova conquista foi sancionada pela religião,
cada renúncia do indivíduo à satisfação instintual foi oferecida à divindade
como um sacrifício, e foi declarado ‘santo’ o proveito assim obtido pela
comunidade. Aquele que tem consequência de sua constituição indomável não
sondegue concordar com a supressão do instinto, torna-se um criminoso... a
menos que... um herói.” É interessante notar a vida das pessoas dentro da
igreja e talvez tudo isso te faça entender o porquê de muitas coisas que você
vê mas não entende. Há nas igrejas por aí, pessoas que se dizem cristãs, mas
negam a eficácia do cristianismo (2 Timóteo 3:5), por quê? Por isso aqui que
Freud acabou de falar, a religião é a maior responsável pela transformação das
pessoas, por isso os “crentes” são muito respeitados, à menos que neguem a
eficácia do cristianismo.
Mas
um estudo foi feito há algum tempo nos presídios e o resultado foi que a
maioria dos presos diz ter vindo de uma família de pais cristãos,
especialmente, evangélicos. Não há uma contradição aqui? A religião não é a
responsável por tirar e evitar pessoas com o e no crime? O que aconteceu?
Simples, as pessoas acham que a supressão se seus instintos é o suficiente,
acham que esse é a transformação, aí, vivem numa luta ferrenha contra seus
instintos, vivem caindo no mesmo pecado ou atraindo pecados ainda piores. Uma
coisa é certa: quem é transformado de verdade por Deus, não “vive pecando” (1
João 3:9), não fica sofrendo por causa de um pecado, obedece a Deus com alegria,
porque “os Seus mandamentos não são penosos” (1 João 5:3).
Dos
que não são de fato convertidos ainda, há dois grupos: os que vivem sofrendo
para não pecar, que são os neuróticos, querem ser perfeitos, jamais errar e um
erro se torna uma verdadeira desgraça em sua vida... vivem se submetendo a
sacrifícios para acharem graça aos olhos de Deus e se esquecem que essa justiça
que eles tanto lutam para conseguir é como “trapo de imundícia” (Isaías 64:6) e
que Deus não está querendo sacrifícios não, Ele quer é conversão verdadeira
(Mateus 9:13)! E há aqueles que fazem tudo errado e acham que está tudo bem,
“Deus me aceita do jeito que eu sou”... “isso não tem nada a ver”... “eu não
posso nem fazer isso”? E por aí se vão as desculpas, mas em um ou em outro momento,
essas pessoas se enquadram no quadro dos neuróticos cristãos (que à essa
altura, espero que você já tenha entendido que a neurose no mundo cristão
significa um falso cristianismo), quando se vêem em apuros, correm logo à Deus
em oração para exigir Suas promessas, e tentam justificar seus merecimentos
devido à coisas que fizeram ou deixaram de fazer, mas não tem a humildade de se
entregar por completo, e tão logo resolvam seus problemas, voltam para a mesma
vida, muitas vezes, achando que Deus lhes aprovou a atitude.
“Jesus
não impõe o celibato a qualquer classe de homens, Ele veio não para destruir a
sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la a sua santidade
original”. – O Lar Adventista, p.
121. Deus quer que você tenha uma vida tranquila e, tranquilidade quer dizer
paz e paz não quer dizer ausência de problemas, mas sim segurança em meio aos
problemas, “para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (Romanos 12:2). O perigo da abstinência é, portanto, tornar-se
um neurótico que implica em ser um falso cristão, que implica em não ganhar a
vida eterna. Se isso não te incomodar, você já está no falso cristianismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário