FALAR OU NÃO? EIS A QUESTÃO!

"Se com tua boca, confessares Jesus como Senhor"... - Romanos 10:9

Certa vez em uma classe de estudos da Bíblia, discuti sobre o que seria mais importante para a salvação: se preocupar com a salvação das outras pessoas ou se preocupar com a sua própria salvação? De que lado você ficaria? Eu defendia que era mais importante se preocupar com a salvação das outras pessoas, porque quando você se interessa pela salvação de alguém, você está se ajudando a ser salvo, mas quando você se preocupa com sua salvação, você corre o risco de buscar e buscar e nunca se sentir salvo, e assim não ganha a salvação e nem leva para outros. Outras pessoas defendiam que era mais importante você se preocupar com a sua própria salvação, porque é necessário primeiro amar a si mesmo para então amar o próximo, como diz o mandamento: "ame ao seu próximo como a ti mesmo.

Após aquela discussão, onde cada um permaneceu com suas convicções, eu decidi estender o assunto com minha irmã, que também participou e estava entendendo os dois lados.. Acabamos chegando à conclusão de que os dois pontos de vista estavam corretos, porque a salvação depende das duas coisas. Como diz o Pr. Rafael Rossi: qual das duas asas é a mais importante do avião? Então, as duas coisas são importantes, uma alimenta a outra, uma sustenta a outra. É um ciclo vicioso!

Você sabe porque algumas pessoas tem o costume de pregar o evangelho? Normalmente responderíamos que o fazem para a salvação de outras pessoas. Mas é interessante notar que Paulo, em Romanos 10:9 escreveu que quando confessamos que Jesus é o Senhor, ou seja, quando falamos que acreditamos nisso, nós não apenas levamos salvação para outras pessoas, nós levamos salvação par nós mesmos. Incrível. E tem pessoas que querem ser agentes secretos de Jesus, ou seja, elas vão se infiltrar no meio das outras pessoas mas ninguém pode descobrir que elas são de Jesus. Mas isso é um grande equívoco.

Nós precisamos falar sobre Jesus, se acreditamos nEle, porque quando não falamos sobre o que acreditamos, logo logo deixamos de acreditar, é só uma questão de tempo. Ir à igreja não faz de nós cristãos... O Pr. Fábio Carnieto sempre fala o que aprendeu com um de seus professores: "se ir à igreja fizesse de você um cristão, sentar em uma garagem o tornaria um carro". Mas nós sabemos que estar em um determinado lugar não faz de nós uma coisa ou outra. Ser cristão é viver o que acreditamos, e pregar, falar de Jesus é o que torna uma pessoa cristã. Foi assim que os discípulos de Jesus receberam o nome de cristãos, de tanto falarem de Jesus, as pessoas passaram a chamá-los de cristãos. Eu acho até que isso surgiu como uma brincadeira, tem cara de ser, quando recebemos apelidos quanto temos algum costume que incomoda os outros, mas acabou pegando e ficou, até hoje, sendo até respeitados por isso quem se declara cristão, hoje em dia.

Mas quero finalizar com uma ideia que acho muito interessante. O filósofo Leandro Karnal conta que um dia, surgiu uma matéria que dizia que Shakespeare fumava maconha e seus alunos ficaram muito animados com essa notícia, e foram comentar com ele sobre esta matéria. Karnal respondeu à eles que fumar maconha não os tornariam um Shakespeare, mas simplesmente maconheiros. Onde quero chegar com isso? Quero dizer que precisamos falar sim sobre Jesus, mas não o tempo todo, com palavras, falando pra quem quer e para quem não quer ouvir. Falar de algo para alguém sem que esta pessoa tenha interesse, não te torna um cristão, e sim um chato. E o mundo precisa de menos pessoas chatas. "Devemos falar de Jesus o tempo todo, em ultimo caso, com palavras". Sobre esta última frase, eu fico devendo a referência, mas espero que a mensagem tenha ficado!

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